Irritado pela categorização do seu quarto álbum Aqualung como um concept album, e pronto para assumir que o rock progressivo era ridículo, Anderson ripostou inventando um jovem génio cujo poema, vencedor de um concurso local de poesia, serviu de base para a letra propositadamente incongruente e absurda.
Thick As A Brick lançado no auge da era progressiva do rock, encarnou e exagerou todos os tiques do género, contrastando, embora, com as propostas de fantásticos mundos mágicos das outras bandas. A música, sólida e bastante mais excitante que a concorrência, explora desde o clássico ao jazz, não esquecendo os solos extra longos e elaborados, exigindo intervalo para ir à casa de banho.
Estruturado ao longo de apenas uma faixa e espalhando humor à la Monty Python, deliberadamente complexo e confuso segundo Anderson, o álbum tornou-se, ironicamente, um símbolo do rock progressivo apesar de na sua génese ter tido a intenção de o parodiar.
Inesquecível: a flauta na abertura e o triunfante orgão Hammond ao longo do lado B.
Longa vida aos Tull!